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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

O poste

A rua era deserta
o céu azul escuro
preto mesmo.
As folhas balançavam
com o puro ar que vinha do fim da rua
Não havia ladrilho
nem mais que um poste,
só um.
um poste velho e grande
acordado
vendo aquela coisa passar
sentindo o vento
o céu
as estrelas
e a lua
de quem invejava tamanha luz.
Não havia companhia
apenas o leve ar puro
que vinha do fim da rua




segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

O espelho do meu velho ser

Esta manhã vi meu reflexo no espelho
Achei que tinha ficado mais velho
Mas notei que esse espelho via tudo que estava dentro de mim
Porque dentro de mim é tão velho assim?
Olhei para o relógio e vi as horas
Vi que eu fazia tudo certinho
Tudo nos mínimos detalhes
Todo dia era sempre igual
Então resolvi festejar
Sair...
Correr...
Rever os amigos
Cantar...
E virei a noite.
No mesmo dia, quando acordei as 8 da noite
vi meu reflexo no espelho e vi que tinha ficado mais jovem.

Sugador de esperança

Sou escravo de mim
Não sei o motivo
Mas sei que a vida nem sempre faz bem
As vezes a vida é cruel
E tira da gente o que a gente gosta
Mata tudo
Seca como a grama sem água para sugar
Porque continuo vivendo então?
Talvez porque devo estar sugando esperança...
E vivendo disso...

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Conversa com o redator

Sabe quando a gente sente vontade de sair por aí bagunçando (sem perturbar os outros) ou então ficar cantando e fazendo coisas estranhas por aí? Sabe quando a gente tá cansado de viver? Sabe quando a gente se sente mal e angustiado com um monte de coisa? Sabe quando a gente fica insatisfeito com quase tudo?
Pois é... meio que tô me sentindo assim. Eu sei porque, mas prefiro nem comentar por aqui... sei lá, hoje eu tô muito estranho. E tô ficando estressado aqui (desabafo escrito) aff, tchau!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

De tudo um pouco

Das flores, a cor.
Das paredes, o silêncio.
Da água, a transparência.

Das facas, a lamina.
Do aço, a força.
Das fotos, a lembrança.
De mim, as mãos.
Da luz, a claridade.
Da fechadura, a segurança.
De minha mãe, o conforto.
De meu pai, a sabedoria.
Do bosque, as pedras.
Do vento, o movimento.
Do polegar, a unicidade.
Dos olhos, a cumplicidade.
De você, o sorriso.
Das palavras, a expressão.
Da vida, as descobertas.
De você, a atenção.

A minha parte

As minhas mãos ainda podem sentir
Os meus olhos ainda podem ver
Ainda posso ouvir...
Saborear...
Mas estou longe de tudo e de todos
Como posso ser feliz aqui?
Talvez eu desista de tudo,
mas não agora.
Preciso fazer meu marco,
minha história...
Mas como eu posso ficar aqui?
Sem que aguém precise que eu fique aqui?
Sem que eu...
Bem, não sei mais dizer...

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O Tempo Pode Me Trazer Você

O tempo me rodeia
Eu sei...
Sei também que ele não traz coisas de que eu gosto.
Espero que ele passe rápido.
Trazendo consigo uma boa fração, onde vou me sentir bem.
Traria o tempo o seu olhar?
Sua atenção?
Disso não sei...
Só o tempo dirá.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Acordei frio


Hoje eu acordei frio
querendo fazer coisas estranhas
querendo deixar tudo bagunçado
querendo mergulhar em outro mundo
pra fazer o que quero.

Hoje eu estou frio
não ri
não chorei
apenas vivi
só para cumprir minha obrigação de não morrer

Hoje fui diferente
mesmo não estando doente
mesmo não estando alegre
mesmo me sentindo...
descontente.

Mas o que eu esperava que acontecesse hoje?
Mas o que eu esperava que viesse?
Mas porque não fui?
Porque fiquei?
Não sei...

É porque acordei frio hoje
Gelado
Congelado
Empedrado e calado
Por quê?
Não sei...

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Pois, estou com você.

Cansei dessa vida de bosta
Cansei de acordar todos os dias, esperando nada
Cansei de esperar ansiosamente os finais de semana
para que assim, talvez eu possa me ver vivendo
Estou cansado, de passar cada dia, seguido de outro
Simplesmente vagando pelos lugares
Sem esperança, sem preenchimento
Uma casca vazia, orgânica,
Só cumprindo o dever que lhe foi imposto, de continuar vivo
Pelo simples fato de que não se pode morrer
Talvez seja mais fácil sair dessa rotina monótona
E simplesmente não acordar mais
Deixar de vagar
Deixar de ser mais um ser no mundo, praticando sua inutilidade
Ou melhor, não
Talvez seja melhor só esperar os finais de semana
E poder estar com você, e preencher o dever de continuar vivo
Com um bom motivo para fazê-lo
Sim, é melhor esperar os finais de semana
Pois toda a existência vazia que pratico não importa
Quando posso esperar vazio
Para te ter comigo, nos momentos bons
É melhor esperar os finais de semana..

- Erick Lawrence

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Quando pulei


Não sei o que estava pensando quando pulei
tudo passou tão de pressa
o caminho até o chão foi livre...
Não consigo parar de pensar no que me levou a fazer isto,
não sei como não senti vontade de desistir.
Eu só caminhei em direção a janela
olhei umas árvores e...
Voei, mesmo sem asas
Porque voei para ganhar asas.
Ponto final!
Fecha o envelope.
Coloca na mesinha.
Vai em direção a janela
E pula.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Imaginação é vendaval


As vezes quando olho pela janela
consigo ver um ou dois pedacinhos de vento
que voam colados, um no outro
toda vez que os vejo
sinto que vai chover
e sempre chove
Outro dia vi os dois pedacinhos de vento voando
Voavam pra lá e pra cá
Mas nesse dia não choveu
Acho que não eram os mesmos pedacinhos de vento
Fiquei pensando pra onde os outros dois pedacinhos foram
mas não consigo imaginar.
acho que minha imaginação se esgotou
de tanto imaginar pedacinhos de vento,
janelas, chuvas, dias de chuva...
e esse poema.

sábado, 3 de setembro de 2011

até que você venha

Estou caído num pequeno lugar
e confesso que estou cheio de nada.
Sim, dentro de mim não há nada.
Aliás, há sim.
Há um amor que espera por alguém.
Está chovendo,
A cadeira de ferro está fria,
E você não está aqui.
Tenho uma garrafa de vodka na mochila,
Um copo na mesa,
E você não está aqui.
Todas as cadeiras estão vazias,
Só o frio está comigo,
E você não está aqui.


Esse pode ser o maior poema de minha vida,
porque eu só vou parar de escrevê-lo quanto te ver.
Um poema grande poderia ser bom,
mas esse não...
Pois, se ele tão longo for,
significa que não estou contigo.
Por isso vou escrevendo,
na esperança de ver você chegar,
na esperança de ter você aqui.
Contemplar teu sorriso,
ver teu olhar me olhando,
ou dançando dentro de suas palpebras
ao olhar o tempo passar.


O tempo está passando,
e a cada minuto que passa,
o poema cresce um pouco.
Olhei a rua e pensei ter te visto,
nem eu mesmo sei o que senti, 
só sei que foi bom.
Fez você aparecer em minha mente.
Será que vivo imaginando coisas agora?
Estaria eu sofrendo de delírios?


Está ficando um dia frio por aqui,
isso me faz lembrar uma música:
"Um dia frio, um bom lugar pra ler um livro.
O pensamento lá em você, eu sem você não vivo..."


Ah meu deus!
Quando esse poema vai acabar?
As minhas mãos estão geladas
e minha façe está começando 
a congelar numa expressão aflita.


Estou disposto a ficar aqui!
Eu detesto terminar um poema no meio
Mas esse eu termino por aqui.
Sem mais palavras...
Você está aqui.

Conversa com o redator

Eu sou Flávio Santos e vamos agora conversar um pouquinho.
Bem, para começar gostaria de falar um pouco de assuntos não poéticos. O blog está atendendo as especativas iniciantes, e até surpreendendo um pouco, sei disso porque o Misturadohh no início de suas atividades demorou muito pra conseguir 100 visitas, e quanto a esses assuntos é pouco importante ter experiencia na área, já que não somos nós (redatores) os visitantes do blog, desde já agradeço.

Agora mais um assunto não poético, ou pouco poético, ou totalmente poético: Erick Lawrence, será nosso novo redator daqui pra frente, mas a conversa com o redator fica pra mim (Flávio S.) Ele vai ajudar em muitas coisas inclusive com seus textos, sejam poéticos ou não.

Agora sim, poesias e poemas, poemas e poesias... vamos falar sobre. Assim que eu pensei no blog queria colocar uma nova poesia por dia mas vi que não pode ser assim, e percebi que pode passar mais de uma semana sem inspiração alguma pra fazer uma poesia. Na minha vida o que não falta é inspiração, mas nem sempre ela é pra poesia/poema, mas o que importa é que eu sempre vou colocar poemas novos, acho muito difícil que eu fique mais de um mês sem colocar nada por aqui. 

Valeu! tchau!

O poeta esperando a inspiração chegar

As vezes o tempo pára para um poeta
e o tempo parado não traz boas inspirações
As vezes tudo conspira contra,
mas mesmo assim o poeta vive
mesmo sem poesia ele vive dentro de si
E então, a caneta está no lugar certo
a cadeira na melhor posição
os olhos fitados na imagem principal
e os pensamentos focados
Assim, com tudo a favor
sai um poema da caneta
que é a ligação entre o papel e toda a alma do poeta
E o poema cresce como uma árvore
Ou fica pequena como uma flor,
mas mesmo assim bonito
Pode ser frondosa
Seca, sem folhas...
Mas é um poema
será sempre um poema quando sai de dentro
e mostra tudo do lado de fora
Seja pra quem for.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Poema seco

Eu moro onde não posso te ver
tu moras aonde não chego a teu lar
meu endereço é o movimento que voa longe
Minha cadeira tem som de cores
Meu som tem cores de lá
não vejo arvores caídas pelo ladrilho da rua
só tenho visões do que não vejo na tua
na tua mente nua
tenho tempos de relógios parados
no tempo em que vivo pelo avesso
e quando não vivo, vejo, sinto
a vibração que é teu pensar
não chego ao meu destino assustador
porque me assusto com o medo de não chegar
ao outro lado da rua dos tempos cinzas
onde vejo a rosa dos ventos
rosada de tanta cor dos tempos
parei por aqui
para contemplar os dias
as aves diurnas maléficas
colocando medo em ares brancos
que vejo passar.

domingo, 28 de agosto de 2011

Domingo vazio

Já começa vazio, ainda sem dormir, espera fazer algo depois de acordar, olha pela janela, a chuva cai. Dorme, acorda, olha pro computador, liga o computador, olha pela janela, a chuva cai. Conversas, ainda espera por algo, vai comer, volta pro quarto, olha pela janela, a chuva cai. Conversas, à essa altura a esperança já se foi, conforma-se em simplesmente fazer nada, sai, come, volta pro quarto, olha pela janela, a chuva cai. Agora, já sem esperança, o tédio pode pode possuir o dia, e assim faz. Procura-se de maneira inútil resolver o tédio, mas à essa altura, nem se importa mais, olha pela janela, a chuva cai. As converas já não aparecem, a mesma música de sempre, o mesmo domingo de sempre. O telefone toca, parece que ainda há esperança, corre pra atender, volta conformado com o tédio, de novo. As conversas já não existem mais, a mesma música de sempre, agora já deseja que o dia acabe, vai ver que tudo passa. Pensamentos surgem, nada a fazer, pensa-se, a mesma música de sempre, nada a fazer. Olha pela janela, a chuva cai...  

- Erick Lawrence

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Conversa com o redator

Quando eu fui procurar uma imagem para colocar na poesia "coração à venda" (próprio) vi uma poesia muito boa da grande Clarice Lispector. Eis a imagem:



  Eis a poesia:





Rifa-se um coração quase novo.
Um coração idealista.
Um coração como poucos.
Um coração à moda antiga.
Um coração moleque
que insiste em pregar peças no seu usuário.
Rifa-se um coração
que na realidade está um pouco usado, meio  calejado,
muito machucado e que teima em alimentar sonhos
e cultivar ilusões.
Um pouco inconseqüente
que nunca desiste de acreditar nas pessoas.
Um leviano e precipitado coração
que acha que Tim Maia estava certo quando
escreveu...
"...não quero dinheiro, eu quero amor sincero, é isso que eu
espero...".
Um idealista...
Um verdadeiro sonhador...

Rifa-se um coração que nunca aprende.
Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz,
sendo simples e natural.
Um coração insensato
que comanda o racional
sendo louco o suficiente para se apaixonar.
Um furioso suicida
que vive procurando relações e emoções verdadeiras.

Rifa-se um coração
que insiste em cometer sempre os mesmos erros.
Esse coração que erra, briga, se expõe.
Perde o juízo por completo em nome de causas e paixões.
Sai do sério e, às vezes revê suas posições
arrependido de palavras e gestos.
Este coração tantas vezes incompreendido.
Tantas vezes provocado.
Tantas vezes impulsivo.

Rifa-se este desequilibrado emocional
que abre sorrisos tão largos
que quase dá pra engolir as orelhas,
mas que também arranca lágrimas e faz murchar o rosto.
Um coração para ser alugado,
ou mesmo utilizado por quem gosta de emoções fortes.

Um órgão abestado
indicado apenas para quem quer viver intensamente
contra indicado para os que apenas pretendem passar pela vida
matando o tempo,
defendendo-se das emoções.

Rifa-se um coração
tão inocente que se mostra sem armaduras
e deixa louco o seu usuário.
Um coração que quando parar de bater
ouvirá o seu usuário dizer para São Pedro
na hora da prestação de contas:
"O Senhor pode conferir.
Eu fiz tudo certo, só errei quando coloquei sentimento.
Só fiz bobagens e me dei mal
quando ouvi este louco coração de criança
que insiste em não endurecer
e se recusa a envelhecer"

Rifa-se um coração,
ou mesmo troca-se por outro
que tenha um pouco mais de juízo.
Um órgão mais fiel ao seu usuário.
Um amigo do peito que não maltrate tanto o ser que o abriga.
Um coração que não seja tão inconseqüente.

Rifa-se um coração cego, surdo e mudo,
mas que incomoda um bocado.
Um verdadeiro caçador de aventuras que ainda não foi adotado, provavelmente, por se recusar
a cultivar ares selvagens ou racionais,
por não querer perder o estilo.

Oferece-se um coração vadio, sem raça, sem pedigree.
Um simples coração humano.
Um impulsivo membro de comportamento
até meio ultrapassado.
Um modelo cheio de defeitos
que mesmo estando fora do mercado,
faz questão de não se modernizar,
 mas vez por outra, constrange o corpo que o domina.

Um velho coração
que convence seu usuário a publicar seus segredos
e a ter a
petulância de se aventurar como poeta

Coração à venda

Existe aqui um homem sem mais nada
Todo amor que tinha... se foi.
Seu coração está a venda
Afinal de contas, coisas usadas não prestam mais
Ele está pobre de alma
quando conseguir vendê-lo será um homem frio
Será um homem velho, mesmo jovem
Pois ninguém troca coração por coração,
e ninguém compra corações


Vida de poeta

Hoje tive uma experiencia pra lá de diferente no meu dia-a-dia corrido e computadorizado, cheguei cedo da escola e vi a frente da loja de mau pai sendo "capinada" por uma inchada, logo pensei que poderiam usar uma máquina de cortar grama, e fui sentar do outro lado da rua pra ficar olhando... Passado um tempo eu disse ao meu pai:
"Por R$ 10,00 eu termino de capinar"
Então lá fui eu "capinar". Foi meio estranho porque eu não sabia fazê-lo, mas no final depois do almoço eu terminei aquilo e ganhei um bonito calo na mão direita, além de ficar com lama nas pernas (eu estava de botas) e molhado de chuva. O dinheiro, ainda não ganhei...

domingo, 21 de agosto de 2011

Dica de filme


  
Título original: (American Beauty)

Lançamento: 1999 (EUA)

Direção: Sam Mendes

Atores: Kevin Spacey, Annette Bening, Thora Birch, Wes Bentley.

Duração: 121 min

Gênero: Comédia
Status: Arquivado 

Sinopse
Lester Burham (Kevin Spacey) não aguenta mais o emprego e se sente impotente perante sua vida. Casado com Carolyn (Annette Bening) e pai da "aborrecente" Jane (Tora Birch), o melhor momento de seu dia quando se masturba no chuveiro. Até que conhece Angela Hayes (Mena Suvari), amiga de Jane. Encantado com sua beleza e disposto a dar a volta por cima, Lester pede demissão e começa a reconstruir sua vida, com a ajuda de seu vizinho Ricky (Wes Bentley).