Já começa vazio, ainda sem dormir, espera fazer algo depois de acordar, olha pela janela, a chuva cai. Dorme, acorda, olha pro computador, liga o computador, olha pela janela, a chuva cai. Conversas, ainda espera por algo, vai comer, volta pro quarto, olha pela janela, a chuva cai. Conversas, à essa altura a esperança já se foi, conforma-se em simplesmente fazer nada, sai, come, volta pro quarto, olha pela janela, a chuva cai. Agora, já sem esperança, o tédio pode pode possuir o dia, e assim faz. Procura-se de maneira inútil resolver o tédio, mas à essa altura, nem se importa mais, olha pela janela, a chuva cai. As converas já não aparecem, a mesma música de sempre, o mesmo domingo de sempre. O telefone toca, parece que ainda há esperança, corre pra atender, volta conformado com o tédio, de novo. As conversas já não existem mais, a mesma música de sempre, agora já deseja que o dia acabe, vai ver que tudo passa. Pensamentos surgem, nada a fazer, pensa-se, a mesma música de sempre, nada a fazer. Olha pela janela, a chuva cai...
- Erick Lawrence
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